Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis, a exemplo do Diabetes Mellitus e da Hipertensão Arterial, são um grande obstáculo para a saúde pública mundial em virtude da sua elevada taxa de morbidade e mortalidade. Avaliar os serviços da Atenção Primária à Saúde é essencial para identificar áreas de melhorias e fortalecer sua capacidade de fornecer cuidados de saúde de qualidade. Isso envolve expandir a oferta de serviços, facilitar o acesso, estruturar os serviços como porta de entrada do sistema de saúde e melhorar a integração entre as ações de vigilância e assistência. Objetivos: Analisar as publicações acerca das doenças crônicas não transmissíveis e os entraves da atenção primária à saúde. Método: O estudo constitui uma revisão integrativa de literatura. A busca dos dados foi realizada nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Base de Dados de Enfermagem e Scientific Electronic Library Online. Foram utilizados os descritores e palavras-chave: acesso à atenção primária, barreiras ao acesso aos cuidados de saúde, doenças não transmissíveis e saúde da família. A coleta de dados foi realizada no mês de abril. Foram adotados como critérios de inclusão: artigos que abordassem a temática, publicados no idioma português, nos últimos 5 anos. Resultados: Foram selecionados 10 artigos. As publicações evidenciaram que a Atenção Primária à Saúde apresenta baixa efetividade no cuidado a famílias com doenças crônicas. Problemas como horários restritos das Unidades Básicas de Saúde, falta de suporte e longa espera agravam a situação, além do acompanhamento fragmentado e da descontinuidade na assistência a pacientes crônicos. Também foi observado na literatura a falta de articulação entre a Atenção Primária, serviços especializados e hospitais, a deficiência na estratificação de risco e no monitoramento de pacientes com condições crônicas, e a escassez de protocolos clínicos e fluxos bem definidos para o manejo dessas doenças. Conclusão: A Atenção Primária à Saúde revela fragilidades importantes no cuidado às famílias com pessoas em condições crônicas. Observa-se uma dificuldade de aproximação das equipes de saúde com as famílias, refletindo em um acesso limitado aos serviços e em uma assistência que muitas vezes não é integral nem resolutiva. Esses fatores evidenciam falhas na rede de atenção, impactando diretamente a qualidade do cuidado prestado pela Estratégia Saúde da Família.
Comissão Organizadora
Jonathan Wedson da Silva
Vanessa Rayane
Vitor Silva Maia
Comissão Científica
Fernanda Claudia Miranda Amorim